Programa de Pós-graduação em Ensino de História

PPGEH
por Portal PROFHISTORIA
Publicado: 15/02/2017 - 17:44
Última modificação: 19/06/2024 - 17:00
PPGEH - Programa de Pós-Graduação em Ensino de História
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Programa Profissional em Ensino de História (ProfHistória), oferecido em rede nacional, é um programa de pós-graduação stricto sensu reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC), contando com os cursos de Mestrado e Doutorado Profissionais em Ensino de História, ambos avaliados com o Conceito 5.

Liderado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele tem como objetivo proporcionar formação continuada aos docentes de História da Educação Básica, visando a qualificação certificada para o exercício da profissão, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino. Coordenador nacional: Prof. Dr. Marcelo de Souza Magalhães (UNIRIO).

O PROFHISTÓRIA busca a formação continuada de professores de História voltados para a inovação na sala de aula, para que, de forma crítica e responsável, possam refletir acerca de questões relevantes sobre diferentes usos da informação de natureza histórica presentes contemporaneamente na sociedade. Esse professor precisará responder aos desafios educacionais do Brasil contemporâneo, considerando princípios fundamentais da construção da educação histórica.

"A descrição da área de concentração em Ensino de História pode explicitar as diretrizes que lhe são próprias, partindo de uma pergunta: como o conhecimento histórico pode contribuir para a reflexão sobre a relação entre passado/presente/futuro, permeada pela lembrança, pelo esquecimento e pelas expectativas de indivíduos e grupos, considerando que lembrar e esquecer são aspectos constitutivos da vida em sociedade, das identidades culturais e do pertencimento político? A partir dessa questão, a pós-graduação com ênfase em Ensino de História privilegiará a consideração aprofundada da relação entre passado, presente e futuro no contexto do ensino da História e tendo em vista ao menos duas demandas complementares. De um lado, a exigência de reflexão sobre o ensino escolar, considerando seus saberes e práticas, bem como a relação com a disciplina de referência. De outro, a necessidade de compreensão das múltiplas formas de ensinar e aprender história vigentes na sociedade contemporânea, para além da escola, que tensionam continuamente tanto a historiografia profissional como o ensino da disciplina em seus diferentes níveis. Isso porque o movimento atual em direção à memória e a luta por direitos contribuíram para acirrar as disputas sobre a escrita e o ensino da história, diversificando suas formas e promovendo múltiplos usos (e abusos) do passado. Cabe ao profissional da área investigar esse complexo movimento e os variados recursos ao conhecimento histórico, de modo a compreender a historicidade das experiências e as muitas possibilidades de escrever e ensinar a história."  Compilado de: FERREIRA, Marieta de Moraes. O ensino da História, a formação de professores e a Pós-graduação. In: Anos 90 - Revista do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, v. 23, n. 44 (2016), pp. p. 21-49. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/68383/41418. Acesso em 24/07/20​​

Histórico: 

Criado com 12 instituições, com predominância do estado do Rio de Janeiro e algumas da Região Sul, logo na primeira expansão (2015) o ProfHistória torna-se realmente nacional, incorporando instituições de todas as regiões do país. Na segunda expansão (2019), a capilaridade do programa pelo país se intensifica. Hoje o ProfHistória está presente em 22 estados da federação, com ausência apenas no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Espírito Santo e Rondônia.

A coordenação do programa conta com uma Comissão Acadêmica Nacional (CAN), composta pela coordenação geral, coordenação adjunta, coordenação de avaliação, coordenação de bolsas e um representante de cada linha de pesquisa. A CAN reúne-se mensalmente para discutir e tomar decisões necessárias para o bom andamento do programa.

Ao olhar retrospectivamente, pode-se dizer que os gestores do ProfHistória, à época das expansões, planejaram muito bem a nacionalização do programa. A rede, não há dúvida, cresceu de forma cautelosa e, ao mesmo tempo, consistente, garantindo a manutenção da qualidade do curso aprovado em 2013 com a nota 4. Qualidade reconhecida novamente pela CAPES na avaliação quadrienal de 2017. Desde a criação do programa, os gestores iniciais sabiam que somente com a expansão da rede seria possível, de fato, impactar a Educação Básica. Os processos de expansão da rede seguiram critérios similares e que podem ser consultados em seus editais.

Em 2019,  com a expansão da rede de 27 para 39 instituições, foi realizada no Rio de Janeiro uma grande reunião com os coordenadores dos 12 novos núcleos, com a participação da coordenação do núcleo da UFU, para que a coordenação nacional pudesse explicar o funcionamento da rede e para que todos se conhecessem e tivessem oportunidade de sanar dúvidas e trocar experiências.

O ProfHistória, em oito anos de funcionamento, construiu uma sólida articulação entre as instituições associadas e a UFRJ, instituição âncora. A organização da gestão da rede, feita de forma compartilhada entre a Comissão Acadêmica Nacional (CAN) e as Comissões Acadêmicas Locais (CAL), é um dos indicativos da boa articulação. O Regimento Geral de 2020 consolidou o lugar da plenária dos coordenadores das instituições associadas como forma de tomada de decisão coletiva no ProfHistória e redefiniu o papel das instâncias gestoras.

Com vistas à integração acadêmica da rede foram organizados dois eventos nacionais no último quadriênio, para além dos variados eventos locais e regionais promovidos pelos núcleos locais. O I Congresso Nacional do ProfHistória foi realizado entre 3 e 6 de outubro de 2019, na cidade de Salvador, Bahia, com a participação da coordenação do novo PPGEH-UFU. Entre discentes, docentes e público ouvinte, houve 588 inscritos, dos quais 289 apresentações de trabalhos, promovendo, pela primeira vez, um grande encontro de toda a rede, bem como uma profícua troca de experiências e possibilidade de avaliação das pesquisas produzidas no ProfHistória.

A articulação entre os coordenadores locais é propiciada principalmente pelos encontros realizados semestralmente em Brasília, momento em que cada instituição associada tem a oportunidade de relatar problemas e êxitos de seu núcleo, trocar informações e experiências, mas também decidir de forma colegiada questões importantes atinentes à rede. Em 2020, devido à pandemia, os encontros semestrais ocorreram de forma remota. Vale salientar que cada instituição associada tem Colegiado próprio para decidir sobre os encaminhamentos locais do programa e autonomia de gestão.

No quadriênio, como outra forma de articulação, membros da CAN visitaram todas as instituições associadas para proferir palestras, participar de bancas de defesa de dissertação e ter reuniões com a coordenação local, os discentes e os docentes. As visitas são importantes para estreitar laços e conhecer melhor os lugares em que o curso se realiza de fato. Há uma diversidade significativa de experiências sendo desenvolvidas nos 39 núcleos do ProfHistória.

Com a pandemia, que implicou a suspensão das aulas presenciais em todas as instituições, o plano de implementar experiências de disciplinas oferecidas para a Rede na modalidade EAD foi superada pela migração para o ensino remoto. Passada a pandemia, as experiências em EAD foram parcialmente mantidas e previstas no Regimento Geral aprovado em 2022, circunscritas às disciplinas optativas oferecidas por um núcleo para o conjunto da rede. O ensino remoto sinaliza para a riqueza de professores de diferentes instituições planejarem e ministrarem juntos disciplinas e alunos, com as mesmas características, estarem juntos em uma sala virtual. O ensino remoto intensificou a articulação entre as instituições associadas, permitindo, por meio das salas de aula virtuais, contato cotidiano entre professores e professoras de história de todas as cinco regiões do país.

Objetivo: 

O Mestrado Profissional e o Doutorado Profissional em Ensino de História em Rede Nacional têm como objetivo proporcionar formação continuada que contribua para a melhoria da qualidade do exercício da docência em História na Educação Básica.

O mestrado profissional é direcionado à reflexão sobre a experiência prática, visando à elaboração de novas técnicas, processos e a aplicação de conhecimentos, tecnologias e resultados científicos na solução de problemas em seu ambiente de atuação profissional.

O doutorado visa formar profissionais em alto nível, capazes de produzir conhecimento inovador para a resolução de problemas e desafios da escola básica; conhecimentos que atendam aos desafios da construção de uma educação efetiva, que prepare os estudantes para participar e lutar por esferas públicas democráticas e inclusivas, com espírito crítico e pensamento científico e de problematizar o presente e o passado, para construir horizontes de expectativas renovados.

Missão: 

Ancorado em suas três Linhas de Pesquisa, Saberes Históricos no Espaço Escolar; Linguagens e Narrativas Históricas: Produção e Difusão;Saberes Históricos em Diferentes Espaços de Memória; e Ensino de História e Políticas Públicas​; o Programa de Pós-graduação em Ensino de História tem como missão qualificar o magistério de História na Educação Básica (sobretudo, nas redes públicas de ensino) e as pesquisas sobre Ensino de História no país de modo inovador, propositivo e ancorado na articulação orgânica entre teoria e prática.

Infraestrutura: 

Na UFU, O PPGEH conta com a Coordenação e Comissão Acadêmica Local: uma comissão executiva, presidida pelo Coordenador Acadêmico Local e composta por quatro docentes do Programa e por um representante discente eleito pelos seus pares. As atribuições da Comissão Acadêmica Local seguem as normativas estabelecidas no Regulamento Local do Programa de Pós-graduação em Ensino de História (PPGEH/UFU), em consonância com o Regimento Geral do ProfHistória. Secretaria: a secretaria do ProfHistória funciona em espaço próprio no bloco 1H do Campus Santa Mônica, oferecendo atendimento aos alunos, dando suporte à Comissão Acadêmica Local e assessorando a coordenação. Biblioteca: a Biblioteca da UFU, criada em 1976, com a junção dos acervos bibliográficos de oito faculdades isoladas da cidade, teve incorporação concluída em 1978. Em 1989, foi criado o Sistema de Bibliotecas (SISBI), centralizando todas as atividades de aquisição e processamento técnico. O SISBI atualmente é composto por 08 bibliotecas. O acervo é composto por livros, teses, obras de referência, periódicos (revistas e jornais), bases de dados, além de coleções especiais (discos em vinil, fitas cassete, CDs, fitas VHS, DVDs, partituras, peças teatrais, cartazes, catálogos de exposições, bienais e artistas, normas técnicas) para atender toda comunidade acadêmica da UFU, comunidades locais (Uberlândia, Ituiutaba, Monte Carmelo, Patos de Minas) e região. Ao curso de História (de Uberlândia), atende principalmente, mas não exclusivamente, a Biblioteca Central, no Campus Santa Mônica, cujo acervo abrange as áreas de Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias, Linguística, Letras e Artes. Centro de Documentação e Pesquisa em História (CDHIS): Criado em 1985 com o objetivo de preservar a memória histórico-social da cidade e região, estimular e dar apoio ao desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão na área de História, este centro abriga diversos setores tais como: arquivo histórico, laboratório de restauro de papéis, Núcleo de Estudo de Gênero e Pesquisa Sobre a Mulher (NEGUEM) e biblioteca. Instalado em prédio próprio com 3 andares em 800m2 e contando com a infraestrutura necessária para a realização de suas atividades, o CDHIS tem disponibilizado ao público diversos instrumentos de pesquisa como inventários, guias e catálogos de suas coleções documentais organizadas, mais de 26.000 fotografias e 15.000 discos, servindo como base de consulta para discentes, docentes e pesquisadores interessados na história do Brasil, particularmente na história local e regional. Para divulgação desses trabalhos, esse centro publica semestralmente os Cadernos de Pesquisa do CDHIS e a Revista Caderno Espaço Feminino, servindo como forma de intercâmbio com outras instituições congêneres do país e do exterior. O CDHIS abrigará em breve o Laboratório de História, Memória e Patrimônio, que terá, como objetivo primordial, dar suporte às atividades do Mestrado e do Doutorado Profissionais em Ensino de História e a atividades a eles relacionadas. Laboratórios e Núcleos de Pesquisa: para dar suporte a suas pesquisas, os docentes e discentes do Instituto de História contam com os seguintes laboratórios e núcleos: o Laboratório de Ensino e Pesquisa em Cultura Popular e Vídeo Documentário – DOCPOP; o Laboratório de História da Ciência e História Ambiental; o Laboratório de Ensino e Aprendizagem em História – LEAH; o Núcleo de Estudos de Gênero e Pesquisa sobre a Mulher – NEGUEM; Núcleo de Estudos em História Social da Arte e da Cultura – NEHAC; Núcleo de Estudos e Pesquisa em História Política – NEPHISPO; Núcleo de Pesquisas e Estudos - História, Cidade e Trabalho – NUPEHCIT; Núcleo de Pesquisa em Cultura Popular, Imagem e Som – POPULIS e o Laboratório Caminhos Marciais Humanidades e Educação Integral (EDUCAM) .

Horário de atendimento: 
Segunda a sexta-feira - 8h às 12h30 / 15h às 17h30
+55 34 3239-4395
Avenida João Naves de Ávila, 2121 - Bloco 1H
CEP: 
38400-902
Uberlândia, Minas Gerais, Brasil
Campus Santa Mônica - Bloco 1H - Sala 1H50